A um colega que declarou-se publicamente como um "ateu militante, filiado a uma Associação de Ateus", encaminhei a seguinte mensagem:
Amigo,
Parabéns pela coerência, coragem e franqueza no debate.
Esta é a única luta que realmente vale a pena, a busca honesta, corajosa e franca pela verdade, esteja ela onde estiver. E a coragem para ir até onde a busca pela verdade nos levar. Um dos grandes problemas com a busca da verdade não é encontrá-la, o que é relativamente fácil, mas é o de não sair correndo para o outro lado ao se deparar com ela. Seguir a verdade onde ela nos levar não é para os covardes.
Conhecendo-o já há algum tempo, e pelas tuas atitudes que acompanhei, registro que vejo-o como um homem profundamente amoroso e absolutamente refratário para com qualquer tipo de hipocrisia. E um ateu que ama e que busca sinceramente a verdade é de se louvar e admirar.
Seria bom, creio eu, que muitos dos autodeclarados "cristãos" fossem um pouco mais ateus.
De minha parte, sou ateu do deus da "new age", do deus de Nietzsche, do deus de Marx e de Gramsci, do deus de Freud, do deus de Kardec, do deus de Aleister Crowley, dos deuses do Rock, do deus dos estóicos, dos epicureus e dos sofistas, do deus de Spinoza (não o Alexandre, claro, mas o Baruch), do deus de Hegel e de Renan.
Sou ateu do deus de Boff, do deus de Edir Macedo, do deus de Kinsey, de Shere Hite, de Margaret Sanger e Margaret Mead, do deus de Maquiavel, de Hobbes e de Rousseau, do deus de Saramago, do deus de Paulo Coelho e do deus de Dawkins (o tal deus "gene egoísta"), só para mencionar alguns que me ocorrem agora.
Destes deuses sou um ateu jubilante, um ateu ímpio, uma ateu praticante e militante. Aliás, tenho uma profunda repulsa pela credulidade. Porque acredito sincera e honestamente que o mal do nosso tempo não é o ateísmo, mas a credulidade.
Parabéns e continue no caminho, na verdade e no amor.
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