O martírio a que está sendo submetido Bento XVI tem precedentes na Igreja. Os papas são chamados ao martírio, alguns, inclusive, depois de mortos veem o seu nome arrastado na lama. É o caso de Pio XII, que alguns levianamente inventaram ser o "papa de Hitler".
Em todo caso, é muito interessante ler a declaração que Einstein, judeu, físico, prêmio Nobel, deu à Time Magazine de 1940, pág. 40:
"Sempre amei a liberdade. Quando acontece a revolução na Alemanha [ele estava se referindo à ascensão de Hitler ao poder] olhei para as universidades, pensando que deveriam ter defendido a liberdade, sabendo muito bem que se tinham gloriado da sua devoção à liberdade; mas não, as universidades foram imediatamente obrigadas a calar-se. Depois olhei para os randes editores dos jornais que, no passado, em editoriais inflamados tinham proclamado o seu amor à liberdade. mas também eles, como as universidades, foram silenciados no espaço de poucas semanas. Só a Igreja se opôs plenamente à campanha de Hitler que pretendia suprimir a verdade. Eu nunca tinha tido um interesse particular pela Igreja, mas agora sinto por ela grande amor e admiração, porque somente a Igreja teve a coragem e a perseverança de defender a verdade intelectual e a liberdade moral. Por isso, sou obrigado a confessar que o que antes tinha desprezado agora elogio sem qualquer reserva".
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